terça-feira, 2 de outubro de 2012

Hebe e os animais: amor sincero

Hebe e Fendi, seu cão galgo italiano (Foto: AE)
Hebe Camargo partiu e, com a sua morte, os animais perdem uma grande amiga e defensora. A diva da TV brasileira também lutava em defesa dos bichos, do seu jeito: manifestando o amor e a alegria de viver entre amigos, humanos ou não.

Para ela, não importava a espécie. De cães a galinha-d’angola, a apresentadora abriu as portas da sua casa àqueles que acreditava precisar do seu apoio e carinho. E demonstrava isso em entrevistas concedidas em sua mansão no Morumbi, onde muitas vezes fazia questão de mostrar seus animais.

Em uma dessas entrevistas, falou com Luisa Mell, que era apresentadora do antigo programa Late Show, e disse que sempre gostou de animais. “Desde pequena eu sempre tive cachorro.” Só não teve depois de casada, porque o marido dela, Lélio Ravagnani, não gostava. “Depois que ele morreu, me mudei e virou uma cachorrada”, brincou.

Atrium Camargo: cão resgatado no Córrego Mandaqui e adotado pela Hebe (Foto: Paulo Liebert/AE)
Hebe mostrou os animais que tinha, principalmente dois cães sem raça definida. Cada um com uma história emocionante. O primeiro, o Precioso, foi adotado depois de conseguir entrar escondido na sua residência. “Ele que escolheu a casa, ele que se adotou.” O cão apareceu muito abatido e desnutrido, talvez não sobrevivesse se não fosse acolhido por quem reconhece o valor da vida e cuidasse bem dele. Meses depois, já parecia ser outro cachorro. “Sou vira-lata, mas sou feliz. Mais vira-lata é quem me diz”, disse a apresentadora, brincando com o Precioso.

A história de Atrium Camargo também é de luta pela sobrevivência. Em janeiro de 2002, o vira-lata foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros, no Córrego Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo. O resgate virou notícia, divulgada pelo Jornal da Tarde, assim como o fato de ninguém manifestar interesse pelo cão. Ele poderia ter sido sacrificado em uma das salas frias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), já que esse era o procedimento antes da recente lei que proíbe matar animais saudáveis na Capital, mas foi salvo pela diva.

Hebe, Guigui (sua galinha) e Boris Casoy. (Foto: Divulgação)
Mesmo em férias na Praia de Tabatinga, Hebe leu a reportagem do JT e ligou para São Paulo pedindo que seu caseiro fosse buscar o animal. A sequência de fotos do resgate do cachorrinho feita pelos bombeiros sensibilizou a apresentadora. “Quando li a reportagem fiquei apaixonada e pensei: é inadmissível salvá-lo para depois ele morrer. Aquela fofura me encantou. Mesmo longe, eu não parava de pensar se ele estava bem alimentado e tratado com cuidado. Eu sei que ele é grato. Sabe que foi salvo e nos ama.”

Em agosto do ano passado, Hebe surpreendeu mais uma vez. Ela recebeu Boris Casoy em casa e lá gravou entrevista para o programa para a RedeTV!. Apresentou-lhe então sua galinha doméstica, a Guigui. “Nossa, Hebe, olhando essa galinha me dá uma tremenda fome”, disse Casoy. Hebe retrucou prontamente: “Nãããoooo! Sabe que eu não como nem um ovinho dela?!”.

Fonte: Blog Conversa de Bicho

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