segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cachorros são treinados para encontrar percevejos em lares de NY

Aqui no Brasil os percevejos não são um problema tão corriqueiro quanto nos Estados Unidos. Lá eles são chamados de bedbugs, “bicho de cama” na tradução livre – o nome indica onde eles costumam estar: camas, sofás, estofados… E se tornaram uma epidemia em lares, cinemas, lojas, escolas, escritórios e outros estabelecimentos em todo o país. Mas parece que os americanos já encontraram uma solução para o problema: cães farejadores de percevejos.
Fofinhos e armados com ferramentas de olfato bastante sofisticadas – seus focinhos –, esses cães estão se tornando o equivalente americano do São Bernardo que resgata os perdidos na neve nos Alpes. Eles visitam o local e indicam a presença ou não do inseto. Aí o dono contrata uma empresa dedetizadora. Propagandas comerciais exaltam a perícia e a eficácia dos cachorros em até 98% de precisão. Em Nova York, um beagle farejador chamado Roscoe se tornou tão conhecido – ele tem uma página de Facebook e agora um aplicativo de iPhone – que muita gente confunde beagles parecidos com ele.
Mas a eficácia não é 100%: alguns cachorros dão falsos alertas da existência do percevejo. E há temores de que um aumento dos chamados “falsos positivos” prejudiquem a credibilidade e os negócios. E detedizar um imóvel sem necessidade custa bastante dinheiro. Num condomínio perto da Union Square, em Manhattan, um cachorro indicou percevejos em um terço dos 50 e poucos apartamentos, embora vestígios físicos da praga tenham sido encontrados apenas em cinco, de acordo com um morador. Ele resistiu à pressão do comitê do condomínio de contratar um tratamento de US$ 1.500 porque sua família não foi mordida pelos insetos, nem viu vestígios deles.
Os falsos alertas podem ser feitos por cachorros mal ou bem treinados. Os cães podem captar cheiro de percevejo transmitido por roupas ou pela ventilação de um apartamento vizinho. O cachorro, obviamente, não consegue comunicar gradações de intensidade. Mas se não há inseto, não há mordida – e esta sim deve ser uma evidência por que as físicas são especialmente difíceis de ver. Um percevejo pode ser do tamanho da ponta de uma caneta; suas fezes são do tamanho de um ponto de tinta.

Fonte: Revista Época

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