terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ambientalista defende o fim do comércio e do uso de animais para rituais na BA

Cabra na Feira de São Joaquim, em Salvador, onde terreiros de candomblé se abastecem.

A ambientalista Telma Lobão tenta obter na Justiça a proibição da venda de seres vivos na feira de São Joaquim, um mercado de 34 mil metros quadrados que é o mais tradicional ponto de comércio de animais para o candomblé na capital baiana.

O uso de animais como oferendas aos orixás (divindades do candomblé) está incorporado à vida cultural local desde o Brasil colônia, quando Salvador era a capital do país e o principal porto de chegada dos escravos.

A polêmica na feira de São Joaquim ferve desde agosto, quando a ambientalista mobilizou a polícia para vistoriar o local.

Lobão alega que o comércio de bodes, galinhas e pombos fere a Lei de Crimes Ambientais e uma lei municipal que proíbe a venda de animais vivos onde existam restaurantes.

“Havia animais silvestres que foram apreendidos. Os domésticos [usados no candomblé] são mantidos sem água, sem comida, amontoados. Não somos contra o candomblé, mas condenamos completamente essa crueldade na feira”, diz ela.

Telma defende que o próprio sacrifício seja banido. “Dizem que são manifestações culturais, mas isso é tão cultural quanto soltar balão.”

O presidente do Sindicato dos Feirantes de Salvador, Marcílio Dias, admite que as condições de alojamento dos animais são absolutamente impróprias, mas se incomoda com a ideia de banir o comércio de animais.

Um estudo da Universidade Federal da Bahia mapeou 1.408 terreiros na cidade, em 2007.

Com informações da Folha

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