Sem ajuda APA pode fechar

Confiram a matéria publicada hoje no Jornal Folha do Estado

Criada em 2002, a associação tem como finalidade proteger os animais de maus tratos

Os animais de pequeno e médio porte que são abandonados pelas ruas de Feira de Santana correm o sério risco de ficar sem lar e voltarem a vagar por aí. Isto porque a Associação Protetora dos Animais (APA), que recolhe e protege os bichos passa por sérias dificuldades financeiras, sem verbas públicas e contando apenas com doações, a entidade pode fechar as portas a qualquer momento. 

Criada em 2002, a associação tem como finalidade proteger os animais de maus tratos e de qualquer ato que implique em crueldade e abuso. A ideia é recolher cães e gatos que ficam perambulando pelas ruas da cidade para dar-lhes uma nova expectativa de vida, pois ficam à disposição para quem quiser adotá-los. Eles recebem todos os cuidados médicos e alimentares para que continuem com vitalidade, mas, para que tudo isso aconteça, é preciso ter recursos. Porém, infelizmente, a entidade dispõe de pouca verba, o que gera sérias dificuldades, a ponto de se tornar possível seu fechamento.

Foram recolhidos das ruas 110 cães e 32 gatos. Por conta da assistência a estes animais, mesmo se fazendo campanhas educativas chamando atenção da população para que se criem hábitos mais racionais e civilizados em relação aos animais, os gastos ficam em torno de R$ 5 mil mensais. “São despesas com água, luz, telefone, medicamento, funcionários, veterinários e alimentação. Temos um consumo diário de 42 quilos de ração”, revela Cândida Santos, diretora da Associação.

A entidade é mantida por doações de associados e verba de subvenção de alguns vereadores que têm boa vontade e reconhecem a importância do trabalho.  “Terminamos de receber a verba de subvenção de 2008 este ano. E ficamos sabendo que a Prefeitura não vai pagar os R$ 12 mil referentes a 2009. Procuramos o prefeito para pedir ajuda, mas fomos encaminhados para o secretário de Agricultura, que ficou de rever o nosso caso. A partir de então nunca mais fomos procurados nem nos foi dado algum esclarecimento. Estamos numa situação muito complicada”, declara.

A diretoria disse que a entidade não dispõe de espaço físico adequado para atender à demanda de animais que necessitam dos serviços. “Às vezes a população liga para pegarmos animais de rua ou que foram atropelados e não vamos pegar porque o espaço já está pequeno, temos até um terreno para construir um abrigo, mas falta dinheiro. É impossível atender a demanda da cidade, mesmo recebendo ajuda da população e de escolas, que nos doam ração e nos ajudam bastante”, diz.

Enquanto não têm uma resposta sobre a liberação de verbas, os integrantes da APA buscam formas para levantar recursos. “Estamos em uma situação difícil, mas realizamos shows beneficentes e sempre que possível realizaremos eventos que nos ajude a manter o abrigo. Peço encarecidamente que ajudem o centro com alimentação, remédio e o que puderem. Procurem o nosso endereço”, pede.

Para doações: Caixa Econômica, Ag: 4109- Op. 003/ conta 943-0.