domingo, 26 de junho de 2011

Na Bahia, animais ajudam adultos e crianças na recuperação de doenças

Cavalos auxiliam pessoas com necessidades especiais com a equoterapia. Uma cadela poodle ajudou a dona a sair de uma depressão de sete anos

"Conforto", "Dengoso" e "Cici" são três animais muito especiais para seus donos. Além do amor e carinho que se estabelecem naturalmente na relação entre os animais e seus donos, esses três bichos são fundamentais para a saúde e melhora na vida de outras pessoas.

"Conforto" e "Dengoso" são usados em sessões de equoterapia, no distrito de Jaíba, em Feira de Santana, a 108 km de Salvador. "Cici" é a poodle que ajudou sua dona a sair de uma crise de depressão.

Maicon, de oito anos, tem paralisia cerebral e adora montar. Cavalgar foi apenas uma das dificuldades que o menino teve que enfrentar. “A mãe dele faleceu no parto, ele ficou com problema, ainda ficou internado 15 dias, depois teve alta. A gente já sabendo o que ele tinha teve que procurar médico e aí tô nessa luta até hoje”, conta Edinalva da Silva, tia do garoto.

Há seis anos Maicon faz equoterapia. O cavalo é um grande aliado, um amigo para alcançar objetivos como o de trabalhar o corpo inteiro. “Entre os maiores benefícios da equoterapia nós temos a melhora de tonos, força muscular, coordenação motora, além dos diversos estímulos, auditivo, visual... e a sensação de bem estar”, explica a fisioterapeuta Carolina Martins.
 
Os animais escolhidos para esse tipo de tratamento têm entre 15 e 19 anos, porque com o passar do tempo se tornam mais dóceis. “Conforto” tem 16 anos e está no centro de equoterapia há cinco meses. “É um cavalo dócil e manso. A gente dá o tratamento adequado, que é ração duas vezes ao dia, banho, escova e trato”, conta o tratador Antônio Carlos Marques.

Ao chegar para o tratamento, Maria Clara vai logo fazendo carinho em “Dengoso”. “O trabalho que é feito é bem significante e a gente tá vendo que dá resultado”, conta Alamo Góes, que acompanha a menina.

Cecília e Sissi
Quem também contou com o apoio de um bichinho para superar dificuldades foi a contadora Cecília Queiroz. Cici apareceu na vida dela como um anjo da guarda, depois de sete anos de depressão.
“Ela não aceitava que eu ficasse na cama, aí eu tinha que sair da cama. Por um bom tempo eu ainda relutei e não saí do quarto. Ela ia pra cima de mim, pulava na cama, até que eu fui levantando aos pouquinhos. Hoje estou bem melhor. Ela teve um papel fundamental na minha vida, na minha recuperação. Foi excepcional, um presente. Hoje eu não dou a ninguém, não deixo com ninguém, é minha e minha”, declara Cecília.

Fonte: G1
26/06/2011

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