domingo, 8 de maio de 2011

Mulheres que tratam cães como filhos querem lugar no Dia das Mães

Empresária pratica esportes com golden retriever a quem chama de 'filha'.
Cantora considera poodle sua maior companheira.

Crianças não fazem parte da vida dessas mulheres, que, por enquanto, dedicam-se a criar somente cachorros, mas o apego delas aos seus bichos de estimação é traduzido pelas próprias em termos como "mãe" e "filho".

“Eu me sinto absolutamente mãe da Cleo. Eu me pego falando com ela, chamo de filha. A Cleo convive mais comigo do que qualquer outro ser, então a gente criou uma ligação muito forte. Eu sou a referência de proteção e de segurança para ela”, diz a empresária Larissa Rios, que se diz mãe da golden retriever Cleopatra Breezy, a Cleo, há 4 anos.

Larissa e Cleo, companheiras de aventuras.
Larissa optou por um cão de grande porte, apesar de morar em apartamento, porque queria que o animal acompanhasse o estilo de vida aventureiro dela e do marido. “Cleo adora água, fazer trilhas na mata, rafting, passeios de barco. A gente viaja muito com ela. Nas poucas vezes em que ela fica, sinto saudades. Ligo para a pessoa que ficou responsável para saber como ela está, como foi o dia, se ela já comeu. Nesse momento, ela ocupa meu coração de mãe”, diz.

Para manter Cleo saudável, Larissa tem um cuidado especial com a alimentação da “filha”, que é constituída basicamente por ração. “Eu não dou nada como pães e doces, porque eu sei que fazem mal, mas ela adora cenoura e frutas, principalmente banana”, diz.

Companheiras
 
A cantora Anaí Rosa conta que considera a poodle Madonna, de 6 anos, sua maior companheira.

Anaí Costa cantando para sua filha Madonna.
“A Madonna está sempre comigo, é como se fosse uma filha. Para mim, é uma responsabilidade imensa. Eu dou muito amor para ela e é recíproco. Se ela vê que eu estou triste, não para de fazer gracinhas para me animar”, diz.

Quando não está no trabalho, Anaí passa todo o tempo possível com Madonna. A cantora afirma que, como qualquer mãe, um de seus medos é de que a cachorra seja levada por alguém.

“Quando eu a solto em um parque, eu já fico atrás dela com medo de que suma, porque ela é muito bonitinha. Uma vez, quando era mais novinha, a coleira abriu e ela saiu correndo na rua. Tive que sair pelo meio dos carros para pegá-la. Mas no geral, nossa vida é bem tranquila, sem emoções fortes”, afirma.
 
Críticas
 
Anaí conta que é comum ouvir críticas de pessoas que acham absurdo alguém dar amor para um cachorro, quando há tantas crianças abandonadas. “Um dia eu posso adotar uma criança, mas agora estou no momento de adotar uma cachorrinha. Se você faz isso, tem de ser responsável, não pode descuidar. Arrumei para a cabeça, tenho que pensar em mim e nela”, afirma.

Já Larissa explica que nunca foi criticada abertamente, pois convive com pessoas que gostam de animais. “Mas eu sinto que algumas pessoas acham exagerado, excessivo. Eu sei que a Cléo não é uma criança, mas o amor é tão grande quanto. Eu tenho que tratá-la com limitações, mas o amor é de mãe.”

Fonte: G1
07/05/2011

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