segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

OTITE CANINA: Causas, diagnóstico e tratamento

 

 

De orelhas em pé. É assim que você deve ficar quando seu cão balançar a cabeça constantemente, esfregar as patas no ouvido ou choramingar por qualquer bobagem. Tudo isso pode ser sinal de otite.


O que é otite?

Otite é o nome que usamos para designar os processos inflamatórios do ouvido. Nos animais, é um problema muito comum que, quando não diagnosticado ou tratado corretamente, pode levar à surdez e, ainda, à alterações de postura e comportamento, como andar em círculos.

Quando surgem os sintomas da otite, não raro o dono também não liga muito. O cachorro se coça e parece fazer gracinha. Ou chora como se estivesse de manha. É preciso prestar atenção, especialmente quando a raça é mais suscetível ao problema. “Cães com orelhas caídas têm mais tendência a otite por causa da cavidade que fica naturalmente abafada”, explica Mário Marcondes, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.

O que causa a otite?

As causas da otite podem ser várias:

  • Infecciosa: causada por bactérias e, geralmente, acompanhada de pus. Às vezes, é difícil de ser tratada e necessita de exames complementares, como coleta da secreção para análise e determinação do antibiótico que deve ser usado (cultura e antibiograma). Esses tipos de otite, quando "mal curados", ocasionam um quadro crônico e cada vez mais difícil de ser resolvido.
  • Parasitária: causada por ácaros (sarna). É muito comum encontrarmos excesso de cera de cor marrom muito escura, O cão coça bastante as orelhas. O ácaro que acomete o conduto auditivo não é o mesmo que causa a sarna de pele. Ele é transmitido entre cães e gatos, mas não para o homem. A recidiva desse tipo de otite é comum se o animal freqüenta ambientes contaminados.
  • Fungos: é similar à otite bacteriana, mas o tipo de agente é outro. Apenas o exame da secreção do ouvido poderá diferenciar o microrganismo causador.
  • Seborréica: por excesso de produção de cera. Alguns cães produzem muito cerúmen e o mesmo não é eliminado. O acúmulo do material vai causar fermentação, o que leva ao mau cheiro e posterior inflamação dos ouvidos.
  • Umidade: alguns cães têm o hábito de nadar, e a entrada de água nos ouvidos certamente causará inflamação. A penetração de água no conduto auditivo durante o banho é uma freqüente causa de otite. Chumaços de algodão devem ser colocados, para que os ouvidos fiquem protegidos.
  • Predisposição racial: raças que tem orelhas longas e peludas têm maior probabilidade de terem otite. Orelhas caídas abafam os ouvidos e não permitem a circulação do ar, condição que favorece a multiplicação de bactérias. O excesso de pelos que algumas raças apresentam dentro dos ouvidos é outro fator predisponente. Os pelos formam um tampão que impede a entrada de ar e a saída da cera. A remoção do excesso de pelos de dentro dos ouvidos deve ser feita pelo veterinário, com a freqüência que ele achar necessária.

A ventania nas orelhas costuma levar sujeira para o canal auditivo. Já a umidade favorece a multiplicação de fungos, bactérias e ácaros, que, então, povoam toda a cavidade auricular. “O excesso de banhos no calor também tira a proteção do ouvido do bicho, que é a cera. Ela amolece e escorre, escapando demais. Isso o deixa sensível”, explica o veterinário Enio Eduardo Bovino, da Universidade Paulista, a Unip. Limpeza de menos ou feita do jeito errado também não é nada bom. A pior coisa é quando o dono se mete a resolver a situação por conta própria e, sem querer, empurra a cera de vez para dentro. “Só o veterinário sabe como limpar os ouvidos do cão corretamente”, diz Bovino. “Esse é mais um motivo para não perder a consulta periódica.”

Quais são os principais sintomas da otite?

  • Mau cheiro, provocado inclusive pela descamação do canal auditivo
  • Coloração da cera, que fica quase negra
  • Secreção auricular amarelada e fétida
  • Pele mais avermelhada que o normal dentro das orelhas
  • O cachorro chora por qualquer coisa e vive balançando a cabeça
  • Coça as orelhas sem parar
  • Quando a otite é unilateral, o animal mantém a cabeça inclinada para o lado inflamado

Como tratar um cão com otite?

Muitas vezes o simples ato de proceder à limpeza dos ouvidos, quando a otite é apenas externa, é suficiente para sanar o mal. Porém, quando a infecção já atingiu o ouvido médio ou o interno, necessário se faz tratamento mais especializado, inclusive com administração de antibióticos por via geral (parenteral ou oral), e mesmo nebulizações da garganta com medicação apropriada. Nesse caso, a recomendação é procure um veterinário competente, que este deverá estar capacitado para lhe indicar a melhor terapêutica.

Uma das freqüentes causas de falha no tratamento é o procedimento incorreto na hora de pingar o medicamento no ouvido do cão. Os remédios devem ser aplicados com a cabeça do cão deitada e segura firmemente por alguns instantes após a instilação das gotas. A maioria dos cães chacoalha a cabeça logo após a aplicação, o que elimina grande parte do medicamento, não permitindo que ele atinja toda a extensão do conduto.

 Como podemos prevenir essa doença em nossos cães?

  • Cuide da limpeza do canal auditivo externo do seu cão. Limpe-o regularmente com algodão ou gaze (não use cotonetes ou instile medicamentos!)
  • Durante o banho tome muito cuidado para evitar a entrada de água nos ouvidos. A umidade favorece a multiplicação de fungos, bactérias e ácaros.
  • Animais que praticam natação devem ter as orelhas lavadas e bem secas após a prática
  • Só remova os pelos se for necessário, caso o animal já tenha algum histórico de otite. Não é recomendável arrancar os pelos como cuidado dos ouvidos, pois a irritação que este procedimento provoca pode predispor a otite externa;
  • Feche as janelas do carro na hora do passeio. A ventania nas orelhas costuma levar sujeira para o canal auditivo.

Fique atento: qualquer choramingo ou sinal de coceira são motivos para ir ao veterinário. Se for otite, ele saberá o que fazer conforme a causa da inflamação e livrará seu cão de consequências nada boas.

Fontes:
http://www.saudeanimal.com.br

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Gatos buscam por alimentação semelhante à que tinham na natureza

Estudo americano revelou ainda que os felinos conseguem regular as quantidades de proteína, gordura e carboidratos que consomem

Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Waltham, maior autoridade mundial no cuidado e nutrição de animais de estimação, revelou uma importante característica sobre os felinos domésticos. Quando lhes é dada a opção, os gatos selecionam alimentos nutricionalmente semelhantes às suas presas naturais, como ratos e pássaros.

Os cientistas descobriram ainda que os gatos de estimação saudáveis regulam a quantidade de proteína, gordura e carboidrato que consomem. “Esses achados marcam uma importante etapa no campo da nutrição animal e estende consideravelmente a compreensão do comportamento alimentar de gatos de estimação”, explica o Dr. Adrian Hewson-Hughes, principal autor do estudo.

Em uma série de estudos conduzidos em um período de dois anos, os pesquisadores comprovaram que os gatos têm uma meta de ingestão diária que equivale a aproximadamente 52% de calorias em proteínas, 36% em gorduras e 12% em carboidratos. “Esta é uma descoberta fascinante e estamos intrigados com o porquê de os gatos terem essa capacidade”, comentou o Dr. Hewson-Hughes.

A expectativa é que a pesquisa possa auxiliar no desenvolvimento de alimentos otimizados que atendam às necessidades específicas de gatos. Entre os produtos atualmente disponíveis no mercado, os alimentos úmidos têm, em geral, mais altos teores de proteína e mais baixos teores de carboidrato, além de níveis semelhantes àqueles que os gatos deram preferência. Já os alimentos secos oferecem variedade na textura, além de poderem beneficiar a saúde bucal.

Com as descobertas, o Centro de Pesquisas Waltham pretende dedicar-se à compreensão da seleção desses principais nutrientes em outros estágios de vida dos gatos, como gestação e lactação.

http://petmag.uol.com.br/noticias
24.02.201

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SOS APA. Precisamos muito de sua doação!




Não é nada fácil cuidar de tantos animais dispondo de poucos recursos. As despesas da APA são muitas: ração, vitaminas, produtos de limpeza, medicamentos, seringas, aluguel, salário do tratador, vacinas, cirurgias, dentre outras.

Você pode ajudar doando: ração para cães e gatos (adultos e filhotes), vermífugos, remédios contra pulgas e carrapatos, sarnicidas, soro fisiológico, casinhas, caminhas, vitaminas, vacinas, algodão, gazes, luvas, seringas e agulhas descartáveis, coleiras, vasos para ração e água, etc.
Faça a sua compra em qualquer pet shop e nós recolhemos a sua doação.

Precisamos muito de ajuda financeira: como a conta bancária da APA é na Caixa Econômica, a contribuição em dinheiro pode ser feita por depósito em qualquer Unidade Lotérica, na própria agência da Caixa (no guichê ou com envelope no Auto-Atendimento), por transferência para quem tem conta na Caixa ou por meio de DOC para quem tem conta em qualquer outro banco. É muito fácil e qualquer quantia será bem vinda!

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O PODER DO AFETO


Pesquisas comprovam: contato com animais proporciona bem-estar físico e emocional. Em alguns casos, pode ser até melhor que remédio.

A medicina, a psicologia e a veterinária são unânimes em endossar o conceito de que ter um bicho de estimação pode e costuma fazer bem para o homem. A presença de animais humaniza ambientes como hospitais, asilos, orfanatos, escolas e presídios. Um simples contato estimula a vontade de viver, melhora a auto-estima, ameniza a ansiedade e a solidão, benefícios estes que aceleram a recuperação orgânica e ajudam a diminuir quadros depressivos.

 “Se para pessoas em condições absolutamente normais a presença de um bicho de estimação é benéfica, para pessoas fragilizadas ela é ainda mais relevante, podendo se tornar a essência da vida”, explica o médico geriatra norte-americano Willian Thomas.

Medir até onde pode chegar o potencial terapêutico do convívio com pets é um desafio e tanto. Como calcular, por exemplo, em quanto é reduzido o número de adultos doentes por causa da menor dependência em relação à televisão, aos videogames e à internet por parte das crianças que convivem com pets? A tendência foi identificada em 79% dos garotos e garotas por uma pesquisa feita com mais de 500 donos de animais de estimação nos Estados Unidos, em abril de 2000, pesquisa essa encomendada pela American Pet Products Manufactures Association (APPMA) à Internacional Communication Research. Outro dado difícil de avaliar é a quantidade de doenças que são evitadas pelos donos de animais de estimação que, por causa da companhia de seus pets, obtém melhor saúde emocional e física (84% dos entrevistados) e se declaram mais calmos e relaxados (74% dos entrevistados).

Algumas iniciativas de porte já foram tomadas na tentativa de avaliar cientificamente o poder dos pets sobre a saúde de seus donos. A Alemanha e a Austrália, por exemplo, se associaram, sob coordenação do australiano Bruce Headey, professor de ciência política da Universidade de Melbourne, e analisaram o uso dos serviços de saúde de seus países por 13.400 pessoas de 1994 a 1996. O estudo publicado em 1999 constatou que os donos de cães e gatos fizeram 15% menos de visitas médicas e ficaram 32% menos tempo nos hospitais que as demais pessoas, proporcionando com isto uma economia estimada em 16 bilhões de reais (9 bilhões de marcos alemães e mais 2 bilhões de dólares australianos).

O bem-estar obtido com o convívio com pets ganha respaldo crescente por parte de estudiosos da medicina. Abaixo seguem exemplos de cientistas que confirmam essas informações:

- Dr. Warwick Anderson, professor de fisiologia renal e cardiovascular da Universidade de Manahs, em estudo feito pelo Baker Medical Research Institute, em Melbourne, na Austrália, trabalhou de 1987 a 1990 comparando fatores de risco de doenças cardiovasculares em donos e não donos de pets. Foi tirada a pressão arterial de 5741 pessoas de ambos os sexos de 10 a 60 anos de idade. Mediram-se também o colesterol e os triglicérides sanguíneos e, com um questionário, obtiveram-se os dados sobre essas pessoas e seus hábitos. Os níveis mais regulares de triglicérides e de pressão arterial sistólica foram os donos de pets (homens e mulheres com mais de 40 anos, com diferentes tipos de pets, como cães, gatos, pássaros, peixes e cavalos). O melhor índice de colesterol foi o dos homens com pets. “Donos de pets tendem a ter pressão arterial mais regular e melhores níveis de colesterol e triglicérides”, diminuindo os riscos de patologias cardíacas, concluiu o autor.

- Dra. Karen Miller Allen, médica e pesquisadora científica da Universidade Estadual de Nova Iorque, em Buffalo, nos Estados Unidos. Estudo feito em associação com a American Heart Association em 1999 avaliou a influência do convívio com pets na resposta da pressão sanguínea ao estresse mental. Participaram 48 homens e mulheres hipertensos que moravam sozinhos. A metade deles se dispôs a adotar um cão ou gato. Todos foram medicados com lisinopril 20 mg e tirou-se a pressão deles tanto antes da adoção como seis meses após. Em ambas as vezes o estresse mental foi estimulado em duas provas e observada a variação de pressão. No exame final, a pressão arterial média, sob medicação, era de 12,1 por 8,2 nos dois grupos. O aumento de pressão por estresse mental foi menor nos donos de cão ou gato, subindo para 13 por 9 nas duas provas, enquanto nas pessoas sem pet registrou-se 14 por 8,9 e 14 por 9,4. “Menor estresse mental obtido no convívio com pets beneficia quem controla pressão arterial com remédio”, foi sua conclusão.

- Dr. Dennis Clair Tuner, diretor do Instituto de Etiologia Aplicada e Psicologia Animal (Ieap), em Hirzel, e professor no Instituto de Zoologia da Universidade de Zurique, ambos na Suíça. Em 1997, averiguou-se como o comportamento do gato é afetado quando o dono está deprimido. Observaram-se 96 pessoas que moravam “sozinhas” com um ou dois gatos em seus lares. A sessão durava duas horas e elas podiam fazer o que bem entendessem. Antes do início e depois do término, os participantes assinalavam quais adjetivos de uma lista melhor descreviam seu estado de espírito. Dezoito dos 28 participantes que se declararam deprimidos no início da prova consideraram-se menos deprimidos no final - e a eles pertenciam os gatos mais dispostos a cooperar quando solicitados. “Este estudo mostrou que a interação dos donos com seus pets (gatos) reduz a depressão desde que o felino coopere, é claro”, concluiu o pesquisador.

- Dr. Thomas Garrity, professor catedrático de ciência do comportamento da Universidade de Kentucky, com apoio da Delta Society e do Pet Food Institute of America, nos Estados Unidos. Em 1987, pesquisadores profissionais da Universidade do Kentucky entrevistaram por telefone 1232 pessoas com 65 anos ou mais, selecionados por critérios estatísticos de amostragem. Foram perguntados sobre posse de pets, estresse, apoio social, depressão e doenças recentes. Entre elas, 408 tinham pets (mais de 85% eram cães e gatos). Foi constatado que, entre os idosos sem amigos próximos, os donos de pets eram menos deprimidos (donos com forte depressão = 0%; não donos = 53,3%) e, entre as pessoas com poucos amigos próximos, havia menos casos de forte depressão nas pessoas com fortes laços com seus pets (donos com forte depressão e fortes laços com seus pets = 40%; donos com forte depressão e laços fracos com seus pets = 76,5%). “Animais de estimação ajudam a evitar a depressão em idosos, principalmente nos que tem menor contato com pessoas” concluiu.

- Dra. Erika Fridemann, bióloga e presidente do Departamento de Saúde e Nutrição da Faculdade do Brooklyn, na Universidade de Nova Iorque, EUA. Em 1995, foram cadastradas 369 pessoas que sofreram enfarte do miocárdio e também arritmia ventricular. Um ano depois, 6% das sem pet haviam morrido contra 1,1% dos com cães. Segundo a pesquisadora tudo indica que a maior sobrevida resultou da relação com os cães, pois as pessoas dos dois grupos tinham perfis semelhantes e a função cardíaca dos donos de cães não era melhor que a dos demais. “O convívio com animais de estimação proporciona provável aumento de sobrevivência as pessoas com males do coração” concluiu a autora.

- Dr. Bill Hesselmar, médico do Departamento de Pediatria da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Em 1991, 2.481 crianças com 7-9 anos de idade, da costa oeste e do interior do Norte da Suécia, foram submetidas a um questionário para detectar a presença de problemas de origem alérgica. No ano seguinte, um subgrupo de 412 crianças foi submetido a um teste de pele e a uma entrevista sobre sintomas clínicos. Em 1996, a pesquisa foi repetida com as mesmas crianças, com a adição de perguntas sobre a exposição a cão ou gato no início da vida. Nesse teste, 8,6% das crianças expostas a cães ou gatos durante o primeiro ano de idade, contra 13,3% das não expostas, haviam-se afetados por asma. Casos de rinite alérgica foram constatados em 17,7% das crianças expostas a cães ou gatos contra 23,9% das sem pets. “Criança expostas a cão ou gato no primeiro ano de vida tem menos rinite alérgica e menos asma em idade escolar”, concluiu o pesquisador.

- Dr. Sami Remes, pediatra do Hospital da Universidade de Kuopio, Finlândia, em estudo feito para o Centro de Ciências Respiratórias da Universidade do Arizona, nos EUA. A partir de 1980, 1.246 crianças recém nascidas foram acompanhadas por 13 anos. Das sem histórico do mal e sem cão ou gato, 24,6% desenvolveram respiração com chiado típico sintoma da asma em crianças, enquanto apenas 17,1% das com um ou mais cães dentro de casa foram atingidas pelo problema. O estudo mediu também a sensibilidade alérgica por meio de testes de pele, aos 6 e 11 anos de idade, e de sangue, aos 9 meses, 2 e 13 anos. Deduziu-se que a exposição a cães no início da vida preveniu a asma, mas a tendência não ficou clara na exposição a gatos. Conviver desde cedo com cães e gatos não aumentou a incidência de alergias. “Crianças que convivem com um ou mais cães desde pequenas tem menos asma e não são mais alérgicas que as demais”, concluiu.

- June McNicholas, pesquisadora especializada em Psicologia da Saúde da Universidade de Warwick, na Inglaterra. Foi publicado em 1995 o resultado de entrevistas com as mães de três jovens autistas (dois tinham 12 anos de idade e outro, 22), com histórico de agressão frequente a familiares, e que tinham animal de estimação (dois tinham gato e o outro, coelho). As mães informaram o grau de agressividade de seus filhos com os pets era baixo se comparado a agressividade dirigida a humanos. Os autistas também procuravam os pets em busca de companhia demonstrando satisfação em tocar neles, bem como para obter conforto quando tristes, assustados ou passando mal, ao contrário do que faziam com a maioria dos humanos. Dois dos três autistas também demonstraram sensibilidade para atender as necessidades e sentimentos dos animais.

A hipoterapia (terapia com cavalo) e asinoterapia (terapia com burro) são úteis no acompanhamento de crianças com paralisia cerebral, autismo, hiperatividade e síndrome de Down. Montar, tocar, interagir, alimentar o bicho estimula a coordenação motora, o equilíbrio e a fala, além de melhorar a auto-estima. 

Em crianças e adolescentes, o contato com animais nas escolas melhora a auto-estima, o rendimento escolar e a socialização, além de ensinar conceitos éticos e humanitários, o que é muito bom para a formação do caráter dos jovens.

Enfim, todo dono vivencia no dia a dia os benefícios oferecidos pelo convívio com seus pets. A contribuição positiva acontece tanto no ambiente doméstico como em hospitais e instituições de reabilitação de crianças, asilos e clínicas de repouso e nos presídios, bem como em ambientes privilegiados de trabalho, nos quais é permitido levar o pet, entre tantas possibilidades. As vantagens para a saúde humana proporcionadas pela interação entre homens e animais são cada vez mais compreendidas e valorizadas. E o melhor é que esse convívio benéfico pode acontecer principalmente dentro do nosso próprio lar.

Fontes:
http://www.espacoanimal.com.br

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pesquisa revela que animais também podem sofrer de depressão

Segundo uma pesquisa da Universidade de Bristol, os animais, assim como os humanos, também podem sofrer de depressão.
Os cientistas do centro acadêmico desenvolveram uma “nova aproximação à forma do estado emocional dos animais”. Estudando o comportamento dos ratos em condições de vida padrão observaram perdas e os ganhos como resposta.
A pesquisa mostrou, portanto, que os ratos abrigados em circunstâncias padrão mostraram uma resposta emocional mais forte à perda de alimento (escassez) do que aqueles abrigados em condições de fartura.

Confirmaram ainda que animais podem ficar deprimidos e precisar de “tratamento”, como os seres humanos. A pesquisa foi publicada no Jornal “Royal Society Biology Letters”, e de acordo com a Escola Veterinária da Universidade, os resultados publicados podiam indicar um estado emocional negativo nos animais dependendo da situação.

O que é depressão canina?

Uma das áreas mais complexas da medicina comportamental trata das questões relacionadas a medo, fobias, ansiedade e desordens obsessivo-compulsivas, que não raro acometem os cães. Embora possam estar relacionados, esses distúrbios diferem entre si em termos neurofisiológicos, o que dificulta o seu diagnóstico clínico. A depressão – ou estado depressivo -, pode estar relacionada à ansiedade e acontece quando o animal é exposto a situações de estresse, em caráter crônico ou de forma traumática, passando a manifestar sinais de inabilidade em executar suas funções biológicas, apatia, inapetência e isolamento social.

O que pode causar depressão nos cães?
 
Entre as causas mais comuns do estresse nos cães estão as mudanças súbitas de rotina, perdas afetivas por morte ou ausência de um membro do grupo, introdução de novo membro ao grupo [isso inclui outros animais ou pessoas estranhas], perda de liberdade, experiências traumáticas vividas na infância, solidão e/ou abandono.

Quais são as raças mais propensas? Por quê?

Qualquer cão de qualquer raça pode manifestar sintomas de depressão Cada animal é único e deve ser encarado como um indivíduo dotado de características próprias.

Quais são os sintomas que demonstram que um cão está com depressão?

Apatia, ausência de apetite, tristeza, baixa interatividade e resposta a estímulos, isolamento e intolerância ao toque físico. Esses sintomas diferem em intensidade e podem surgir de forma lenta e gradual. Cabe ao proprietário perceber as sutis mudanças de comportamento do animal e buscar ajuda antes que o problema se agrave.

Quando um animal está doente ele está propenso a ter depressão? Por quê?

Sim. Um cão doente pode passar por um período depressivo, o que não significa que esse quadro será permanente. Algumas doenças debilitantes ou que provocam desconforto físico podem deixar o cão deprimido, pois afetam seu estado emocional e seu humor. Animais que passam por cirurgias ósseas, ou aqueles que vivem a experiência de um atropelamento, podem ficar deprimidos por causa do estresse gerado nessas situações.

O que devo fazer para que meu cão não fique depressivo se ele fica o dia inteiro só em casa?

Se desde filhote o cão entende as regras do ambiente e percebe que durante algumas horas vai ficar só, ele vai se adaptar a isso. Cães equilibrados procuram tirar sonecas ou se distraem roendo ossos de longa duração ou com brinquedos que estimulem sua criatividade. O proprietário deve deixar sempre à disposição do animal opções para ele se distrair enquanto estiver sozinho.

Como tratar um cão com depressão?

A depressão deve ser encarada como um processo complexo. Uma vez diagnosticado o problema e definida a sua causa, o tratamento pode incluir medicamentos antidepressivos, além de mudanças no manejo. Remédios homeopatas e Florais de Bach contribuem para o restabelecimento emocional do cão deprimido e podem ser prescritos pelo terapeuta. Melhorar a qualidade de vida do animal e cuidar do seu bem-estar é também importante. Essa é a base da terapia comportamental.

Meu cão faz muita bagunça quando estou fora. Este é um sinal de ansiedade e/ou depressão? O que devo fazer?

Para afirmarmos que um cão está sofrendo de ansiedade de separação, é preciso que ele demonstre alguns comportamentos que só se manifestam na ausência do dono. Esses indicadores são:
- ansiedade e comportamento depressivo quando o dono está se preparando para sair;
- tentar sair junto com o dono no momento em que a porta se abre;
- choramingar e latir sem parar durante o tempo em que o dono está fora;
- urinar e defecar pela casa toda [isso vale só para cães que já são adultos];
- cavoucar ou arranhar a porta e/ou o chão perto da saída;
- roer ou destruir móveis.

E por que o cão faz isso?

Ao adotar comportamentos destrutivos o animal procura aliviar sua ansiedade. Punir o cão por causa dessas atitudes não terá efeito algum, pois cães têm memória curta e estudos comprovam que os comportamentos destrutivos ocorrem na primeira meia hora após a partida do dono.

A terapia nesse caso tem como objetivo principal diminuir a ansiedade do cão e deve se basear em alguns princípios:
- redirecionar a ansiedade, como por exemplo, oferecer um brinquedo interativo;
- ignorar o cão por 20 minutos antes de sua partida e depois de retornar à casa;
- alterar seus momentos de partida e as pistas – pegar a chave, a bolsa e seu casaco, quando você NÃO estiver saindo.
- consultar um especialista, que poderá prescrever um medicamento ansiolítico para aliviar a ansiedade do cachorro, além de propor mudanças no manejo e treinamento.

E lembre-se de ficar atento a qualquer atitude estranha que seu amigo de pelos pode ter e sempre peça ajuda a um veterinário de confiança.

Fonte: http://jornalmaisnoticias.com.br

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Emergências: como prestar primeiros socorros ao pet

Veterinária explica como proceder em casos extremos, mas alerta que o atendimento médico é fundamental

http://petmag.uol.com.br/noticias/emergencias-como-prestar-primeiros-socorros-ao-pet/
11.02.2011

As emergências clínicas com cães e gatos acontecem, geralmente, de surpresa, o que acaba deixando os donos em pleno desespero. Como lidar com fraturas, convulsões e quedas, por exemplo? Mas, calma! Antes de tentar ajudar o animal, saiba que você pode acabar prejudicando o quadro, por outro lado, proceder da forma correta pode amenizar o sofrimento do bichinho enquanto é levado ao médico.

Segundo a dra. Fernanda Fragata, diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, em casos de quedas e fraturas é de extrema importância que o dono transporte o animal com focinheira e tenha a menor movimentação possível. “Nos casos de convulsões, apoiar a cabeça e o corpo do animal para evitar que se machuque são atitudes importantes”. Ela explica ainda que não é recomendável esperar a crise passar para levar o pet ao médico.

Vale lembrar também que até mesmo casos simples, como a limpeza dos ouvidos, aparar as unhas ou o tratamento da infestação de pulgas e carrapatos podem se transformar em emergências caso não haja o acompanhamento necessário. Perfurações no tímpano, além de cortes e a aplicação inadequada do remédio são mais comuns do que se imagina, sem contar as doenças que podem ser geradas. “Pulgas e carrapatos podem provocar doenças no sangue, enquanto ouvidos sujos podem ser sinal de otites”, explica a veterinária.

Outro problema que pode ser maior do que se imagina são os vômitos. A dra. Fernanda explica que como o sintoma é bastante inespecífico, pode ser sim sinal de uma doença grave. “O recomendado em casos de vômito recorrente é deixar o animal em jejum e procurar imediatamente o atendimento veterinário, para que através dos exames clínicos e laboratoriais, seja determinada a causa do problema”. 

Diminuindo os riscos

Para os animais não correrem riscos, o melhor que o dono deve fazer é estar sempre alerta, avaliando o comportamento do pet. Isso porque, segundo a dra Fernanda, os quadros mais comuns no dia-a-dia são vômitos e diarreiais, traumas e intoxicações, problemas que são facilmente identificados.

“Ao menor sinal de mudança de comportamento, o dono deve procurar pelo atendimento veterinário. Nesses casos é desaconselhável que ele tente julgar se um quadro é grave ou passageiro”, explica a dra. Fernanda. Isso porque em alguns casos “o tempo é um fator determinante para conseguir salvar animal”.

Outro ponto importante destacado pela veterinária é, na verdade, algo fundamental para a saúde de todos os pets. “Para evitar os problemas mais comuns, recomendamos alimentação com ração de qualidade, visitas periódicas ao veterinário para um check up, e um ambiente adequado ao animal e a raça”, finaliza.
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